Você já sentiu dúvidas na hora de colocar os dados do cartão em um site ao fazer uma compra? Muitos brasileiros sim, de acordo com uma pesquisa global da Experian sobre autenticação e prevenção à fraude, que identificou que 78% dos brasileiros têm receio de que as informações do cartão de crédito sejam roubadas. O número está bem acima da média global, que é de 61%.
Desta forma, cada vez mais, utilizar sistemas antifraude é considerado um investimento necessário e importantíssimo.
A pesquisa Global de Fraude e Identidade da Experian mostra que 62% das empresas brasileiras participantes dizem querer aumentar os investimentos em gestão de fraude. O levantamento, feito em 2021, foi baseado em três estudos que mostram as mudanças de comportamento ao longo da pandemia de Covid-19, indicando que houve um aumento de 11% sobre o ano anterior no número de companhias brasileiras que pretendem aumentar os investimentos para a prevenção à fraude.
Há uma tendência de redução na intenção de ampliar o orçamento para gestão de fraude entre as empresas globais, mas o mercado brasileiro, contudo, indica que irá priorizar este tipo de investimento. Afinal, com a adoção de canais digitais na vida dos consumidores, as empresas precisam investir em novos métodos de detecção de fraudes e tecnologias cada vez mais sofisticadas ao longo da jornada do cliente, para que a segurança da operação não afete sua experiência integrada.
Vale destacar que 70% das fraudes praticadas no mundo todo correspondem a fraudes de identidade. No Brasil, a cada 7 segundos ocorre uma tentativa de fraude. No ano passado, segundo o Indicador de Tentativas de Fraude, elaborado pela Serasa Experian, ocorreram cerca de 4,1 milhões de transações suspeitas no Brasil. O resultado é 16,8% superior à quantidade de tentativas de fraudes registradas em 2020 – aproximadamente 3,5 milhões de ocorrências.
Levantamento realizado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) mostra que as tentativas de fraudes online aumentaram cerca de 80%, em 2021, entre as quais a fraude de identidade sintética (combinação de dados verdadeiros e falsos).
Existem algumas práticas fundamentais para aumento da segurança na indústria de pagamentos, tais como solução antifraude, tokenização de cartões e 3DS. Conheça mais sobre cada uma delas:
Antifraude e-commerce
Antifraude para e-commerce é um sistema que analisa os pedidos de uma loja virtual e identifica as compras suspeitas. A maior parte desta operação é feita de maneira automática, limitando o contato com os clientes apenas a casos específicos para verificar informações.
Essa análise é feita a partir do cruzamento de dados e de padrões de compra, e quando um possível golpe é identificado, a compra é bloqueada para evitar o envio de um produto pelo qual o varejista não vai receber.
Esse tipo de avaliação pode ser feita manualmente pelo empreendedor sempre que ele notar um pedido fora de padrões como o ticket médio da compra ou a localização do cliente, por exemplo. No entanto, à medida que o número de pedidos aumenta, fazer essa análise minuciosa por conta própria acaba se tornando inviável. É aí que entra a importância do sistema antifraude para e-commerce.
Tokenização de cartões
A tokenização de cartões desempenha papel fundamental na tecnologia de segurança, sendo uma necessidade nos pagamentos digitais. A tecnologia fornece uma experiência de pagamento digital mais segura, porque substitui o número do cartão por um número alternativo, chamado de token.
O token está associado a um cartão, plataforma ou dispositivo, no caso de um pagamento com wallet como ApplePay, ou a um comércio eletrônico, no caso de uma compra online, como no Netflix. Desta forma, pode-se verificar a origem de um token e restringir a sua utilização a um dispositivo ou comércio eletrônico.
3DS 2.0
O sistema 3DS 2.0 é capaz de analisar dezenas de variáveis que são utilizadas como critérios para determinar se um comprador é de fato o titular do cartão, permitindo em alguns casos a autenticação silenciosa do mesmo (autenticação sem desafio), sem prejuízo à questão do Liability Shift (ou repasse de responsabilidade) dos estabelecimentos. Em resumo, o 3DS 2.0 pode ser traduzido como um protocolo de mensagens que permite a autenticação do portador do cartão para transações de comércio eletrônico com o emissor antes da autorização
A principal vantagem para o varejista que utiliza o protocolo 3DS 2.0 em seu e-commerce é a mudança de responsabilidade (liability shift) em relação às transações autorizadas. Transações autenticadas são de responsabilidade do emissor do cartão, ou seja, o varejista não será contestado (chargeback) pela razão de fraude, mitigando eventuais perdas financeiras em sua loja online.
A prevenção à fraude é essencial para reduzir os prejuízos financeiros decorrentes de golpes aplicados, além de preservar a imagem e a credibilidade da empresa. Essas soluções já estão disponíveis na plataforma omnichannel da Fiserv, Carat.
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