
O e-commerce no Brasil deve faturar cerca de R$ 169,5 bilhões este ano, 5,3% a mais do que em 2021, segundo projeção da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) e, no mundo, a previsão é de movimentar US$ 5 trilhões em 2022. Por isso, é importante, cada vez mais, investir em segurança nas transações online.
E, com o objetivo de minimizar o índice de fraude sem prejudicar a taxa de conversão, a indústria de meios de pagamento desenvolveu um novo padrão de autenticação, chamado 3DS 2.0. A nova versão é capaz de analisar dezenas de variáveis que são utilizadas como critérios para determinar se um comprador é de fato o portador do cartão, permitindo, em alguns casos, a autenticação silenciosa do mesmo (autenticação sem desafio), sem prejuízo à questão do Liability Shift (ou repasse de responsabilidade) dos estabelecimentos.
Em resumo, o 3DS 2.0 pode ser traduzido como um protocolo de mensagens que permite a autenticação do portador do cartão para transações de comércio eletrônico com o emissor antes da autorização. Esse protocolo é especificado pela EMVCo (apenas à título de curiosidade EMV significa "Europay, Mastercard e Visa", as três empresas que criaram o padrão) e norteiam toda a indústria de cartões para desenvolver, de forma colaborativa, três grandes pilares tecnológicos: segurança, melhor experiência de compra e responsividade.
A vantagem para o e-commerce: fim do liability shift
A principal vantagem para o lojista que utiliza o protocolo 3DS 2.0 em seu e-commerce é a mudança de responsabilidade (liability shift) em relação às transações autorizadas. Transações autenticadas são de responsabilidade do emissor do cartão, ou seja, o lojista não será contestado (o temido chargeback) pela razão de fraude, mitigando eventuais perdas financeiras em sua loja online.
O 3DS 2.0 é elegível para todas as transações de e-commerce, sejam de débito, crédito ou pré-pago. Aos segmentos que possuem alto índice de chargeback, a solução é ainda mais vantajosa frente ao benefício de direcionar o liability shift ao banco emissor.
O que muda da versão 1.0
Ao contrário da versão anterior, o novo sistema é nativo mobile, assim, está pronto para trabalhar em qualquer canal de compra online, inclusive soluções futuras de pagamento. Além disso, ao compararmos o 3DS 2.0 com a versão 1.0 fica evidente que o novo modelo fornece 10 vezes mais dados durante seu fluxo de comunicação entre portador do cartão, estabelecimento comercial e emissor do cartão.
A nova versão garante a verificação da identidade do portador de maneira mais assertiva e, dessa forma, evitar possíveis fraudes. Além disso, a proposta do 3DS 2.0 no Brasil é aumentar o número de compras online pagas com cartão de débito, visto oferecer mais segurança nesse processo. Além de colaborar para uma finalização mais rápida do processo de compras, melhorando a experiência do cliente, o 3D S 2.0 contribui para aumentar as taxas de conversão e, consequentemente, a lucratividade do comerciante.
Integrar o 3DS 2.0 em uma operação de e-commerce é fácil, intuitivo e simples em soluções que unificam o ecossistema omnichannel, como o Carat, da Fiserv. Converse com um especialista e garanta mais conversão e menos chargeback.