
A partir de outubro, o Brasil viverá um divisor de águas para métodos de pagamento
Desde fevereiro deste ano, o Banco Central tem anunciado o lançamento do Pix como forma de pagamento. Mas foi a partir do início do segundo semestre que o termo ganhou relevância e permanência em páginas de notícias. Com data marcada para o início do cadastramento de chaves em 5 de outubro, o Pix prevê revolucionar as experiências de vendas, recebimento e transferências entre contas.
O Pix será o ponto de atenção para fintechs, varejistas, empreendedores e empresas de todo o país, por apresentar uma nova e inédita forma de pagamento chancelada pelo Banco Central.
O método de pagamento Pix trará a tecnologia a favor de transações comerciais com mais praticidade, mas também representa um desafio para a adequação a uma nova realidade, completamente digitalizada e com menos processos burocráticos.
Afinal, o que é o Pix?
Pix é a nova forma de receber pagamentos e transferências. Foi anunciado para entrar em vigor em novembro deste ano, e o Banco Central atualizou as etapas iniciais para 5 de outubro, com o cadastramento de chaves de endereçamento.
Empresas, por exemplo, poderão fazer seu cadastro no Pix utilizando o aplicativo da instituição bancária da qual são clientes.
Já instituições financeiras e fintechs precisam adequar suas soluções para liberar o cadastro de seus clientes nos próximos dias. Algumas instituições, inclusive, estão liberando o pré-cadastro para se adiantar nesse processo, que é de suma importância.
O Banco Central reitera: “Quem desejar receber um Pix de forma simples e prática deverá, a partir de outubro, acessar o aplicativo da instituição em que possui conta e fazer o registro da chave , vinculando o número de telefone celular, e-mail ou CPF/CNPJ àquela conta específica”.
Um dos objetivos do Banco Central ao lançar a iniciativa foi baratear o custo de operações, simplificando o modo como essas atividades acontecem hoje. O plus da novidade é contar com a praticidade da tecnologia como aliada para aprimorar a experiência de venda. Afinal, os recursos estarão disponíveis praticamente em tempo real, auxiliando no fluxo de caixa e nos trâmites internos de cada empresa.
Como o Pix funcionará?
As transações poderão acontecer durante 24 horas por dia e sete dias por semana, permitindo que até mesmo aos fins de semana os valores de recebimento sejam depositados rapidamente.
Será possível realizar vendas em todo lugar e a todo momento, com as facilidades de pagamento via aplicativo, em dispositivo móvel e até mesmo por aproximação.
De acordo com o Banco Central, o Pix chega com “o objetivo de construir soluções que permitam que a realização de um pagamento instantâneo seja tão fácil, simples, intuitiva e rápida quanto fazer um pagamento com dinheiro em espécie”.
Haverá três formas de recebimento:
- Chaves
Utilização de chaves para a identificação da conta transacional, como o número do telefone celular, o CPF, o CNPJ ou um endereço de e-mail.
- Aproximação (não disponível no lançamento)
Uso de tecnologias que permitem a troca de informações para recebimento por aproximação, como a near field communication (NFC).
- QR Code
Leitura de QR Codes (estático ou dinâmico). Os QR Codes simplificarão ainda mais as transações, pois não requerem o uso de dados. Basta incluir QR Codes estáticos ou dinâmicos em seu estabelecimento para que o cliente consiga fazer o pagamento sem problemas.

Conheça os tipos de QR Code que poderão ser usados:
Quais são os benefícios do Pix para meu estabelecimento?
Em relação à forma de receber com o Pix, o Banco Central aponta diversos benefícios. Entre eles, a disponibilização imediata de recursos para os recebedores das transações é um dos pontos mais atrativos da nova modalidade.
Para estabelecimentos, comércios e varejos, as transações por pagamento instantâneo representam menos burocracia, menos dinheiro em circulação (mais segurança aos caixas físicos da loja), menores custos em taxas de transferência/pagamento de contas a outras empresas e o acesso rápido aos recursos de cada venda.
Veja abaixo alguns benefícios importantes para empresas e como o ecossistema do Pix funcionará:
Fonte: Banco Central do Brasil

Como fazer o cadastro da minha empresa?
A partir do dia 5 de outubro, acesse o aplicativo ou site do seu banco ou instituição bancária. Já será possível fazer o seu cadastro para gerar a chave de endereçamento, recurso que terá seus dados registrados como identificação.
Depois do cadastro, os bancos terão até o dia 16 de novembro para implementar o Pix para que todos os estabelecimentos no país possam receber as transações por meio dessa modalidade.
Quais são os pontos importantes para bancos e fintechs?
Instituições financeiras, como fintechs e instituições bancárias com mais de 500 mil clientes ativos, deverão fazer a adequação de processos, com prazo até o dia 15 de novembro.
O prazo de inscrição para essas instituições se encerrou em junho e pelo menos 140 dessas fizeram a solicitação ao Banco Central.
Estar atualizado neste momento é estar um passo à frente para um futuro cashless, tendência que já vem sendo notada em todo o mundo. China e Estados Unidos lideram o ranking dos países que mais utilizam os meios de pagamento instantâneos. São mais de US$ 3 trilhões em transações digitais realizadas na China. Nos EUA, estima-se cerca de US$ 112 bilhões movimentados por transações como o Pix.
Breno Lobo, chefe de subunidade do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro no Banco Central, afirma que as iniciativas do Pix podem auxiliar as instituições financeiras e de pagamento a explorar mercados novos no Brasil. Estima-se que aproximadamente 45 milhões de pessoas não possuem acesso a organizações bancárias no país. Com o movimento do Pix, abre-se um leque importante para alcançar novos públicos.
Veja o calendário das próximas etapas da implementação do Pix:
05/10 – início do processo de registro de chaves de endereçamento
03/11 – início da operação restrita do Pix
16/11 – lançamento do Pix para toda a população
