
Novo método de pagamento promete transações com menos intermediários
O Pix, novo método de pagamento estabelecido pelo Banco Central, traz nova realidade para o mercado de pagamentos no Brasil. Do negócio local, ao e-commerce: o Pix permite que transações sejam feitas com menos intermediários, diminuindo a burocracia e ampliando as oportunidades para vendas por meio de pagamento direto e com recebimento de valores praticamente em tempo real.
A partir de outubro, a relação do brasileiro com as compras terá um novo capítulo. Por isso é hora de analisar o mercado e implementar mudanças atreladas aos novos processos e operações digitais.
Fintechs, instituições bancárias e o varejo estão diante de um novo desafio. O Pix e os Prestadores de Serviços de Pagamento (PSP) podem ampliar as possibilidades de vendas, mas é preciso se adequar ao novo cenário.
PAGAMENTO CASHLESS
As novas formas de pagamento estão cada vez mais fortes no mundo. A população usa cada vez menos dinheiro em cédulas e busca transações mais seguras, que possam ser realizadas com rapidez e praticidade.
Aproximadamente 70 milhões de pagamentos no mundo foram realizados por aproximação no período de janeiro a novembro de 2019, de acordo com a Mastercard. O número impressiona pelo crescimento, que demonstra a relevância que essa prática vem ganhando em todo o planeta.
Mesmo que o índice ainda seja baixo em relação às outras formas de pagamento, estima-se que essa quantidade seja nove vezes maior do que foi em todo o ano de 2018.
Essa prática vem de acordo com um dos pilares apontados pelo Banco Central para a implementação do Pix: menos cédulas em circulação e mais acesso à tecnologia para o brasileiro.
Um estudo realizado pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo aponta crescimento considerável de pagamentos via aplicativo e dispositivos móveis no país. Entretanto, os meios de pagamento com cartões de débito e de crédito ainda representam a maior parcela escolhida pelo brasileiro.
Conforme o gráfico abaixo aponta, os brasileiros preferem o uso de cartões de débito e de crédito. Já os índices para pagamento móvel via aplicativo disparam, mas simbolizam apenas 21%.
O que se destaca nessa jornada é o crescimento significativo de compras por aplicativos indo de 4% a 21% em um ano. Esses dados comprovam que o comportamento do brasileiro está caminhando para um mundo cashless, apostando em uso de cartões, carteiras digitais e aplicativos.

Com o Pix, as formas de pagamento digitais ganham um importante reforço. Os brasileiros já vêm demonstrando facilidade em fazer pagamentos por aproximação, como com carteira digital e QR Code. Estas têm se mostrado tendências relevantes em operações diárias, ainda que conquistem espaço discretamente. Pix e PSP É notável a relevância do dinheiro (em cédulas) na vida do brasileiro. E é ainda mais perceptível a importância do uso de cartões e do parcelamento de compras no cartão de crédito. Nesse aspecto, o comportamento do consumidor resiste. De acordo com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), 79% dos brasileiros possuem compras parceladas. Além de exigir uma tecnologia robusta e muitas integrações, esses processos de pagamento devem passar obrigatoriamente por três PSPs, intermediando as operações que se conectam uma à outra. No diferencial do Pix, o Banco Central afirma que apenas dois participantes serão necessários a cada transação. Do PSP do pagador ao PSP do recebedor, estima-se que cada transação aconteça em 10 segundos. Com isso, a corrida pela adequação ao Pix, em busca dos cadastros de CNPJs, já é grande entre as instituições bancárias e fintechs. Afinal, a cada transação apenas uma instituição será responsável e recompensada. Às vésperas do cadastramento da chave de endereçamento, cerca de 618 instituições já haviam sido habilitadas no Pix pelo Banco Central. Conheça o fluxo de pagamento do Banco Central para o Pix:
Pix e PSPs: o passo a passo da transação
O intuito do Banco Central é proporcionar uma experiência em que a forma de pagamento seja tão simples quanto fazê-lo com dinheiro. Trata-se de uma nova era para modelos de negócios que se adaptem oferecendo todo o combo de serviços de pagamento para clientes: cartões, aplicativos, pagamento por aproximação e Pix.
Entenda como o fluxo de pagamento funcionará.
- A pessoa que está pagando a transação deve ter uma conta com fundos em um PSP direto, que deve estar conectado ao Banco Central.
- O pagador insere em seu dispositivo móvel (no aplicativo de sua instituição) o código de identificação do recebedor – a chave Pix. Esse pagamento também poderá acontecer por meio de um QR Code ou mesmo de uma chave aleatória.
- É necessário definir o valor da transação e enviar o dinheiro.
- O PSP direto do recebedor obtém o valor em tempo real e os recursos ficam disponíveis para quem está recebendo o valor da venda.
Pix e SiTef
A Software Express implementou o pagamento com o Pix no seu gateway de pagamentos, possibilitando que sites de e-commerce aceitem pagamentos com o Pix via e-SiTef.
O pagamento será iniciado pelo cliente no aplicativo de seu banco, que vai enviar a autorização de pagamento diretamente para o Banco Central, como exemplificado anteriormente.
O Pix permite transações entre diferentes instituições financeiras, durante 24 horas, sete dias por semana, durante todos os dias do ano.
Fique atento ao calendário do Banco Central para a implementação do Pix:
05/10: início do processo de registro de chaves
03/11: início da operação restrita do Pix
16/11: lançamento do Pix para toda a população