Lembra quando os cartões ganharam chip para a captura dos dados de pagamento, há quase duas décadas? As soluções eram diferentes para cada emissora e, com isso, o varejista precisava investir em várias maquininhas para poder aceitar cada uma das bandeiras disponíveis no mercado.
Isso foi resolvido com a padronização deste sistema e, hoje, a maioria dos terminais modernos permite a realização de pagamentos com qualquer cartão. Por exemplo, os POS da nossa empresa-irmã Bin, marca de adquirência própria da Fiserv, aceitam mais de 250 bandeiras de cartão, além de vouchers, carteiras digitais, Pix e QR Code, trazendo segurança e agilidade à jornada de compra.
O mesmo acontece com o QR Code, que surgiu para o cadastro e controle de insumos em linhas de produção, migrou para a área de links promocionais, para os restaurantes, bares e catálogos de produtos e, finalmente, agregou funcionalidade ao mercado como meio de pagamento – até agosto do ano passado, 73% dos brasileiros usuários de smartphones já haviam efetuado pagamentos via código rápido, pelo levantamento Panorama Mobile Time / Opinion Box.
O QR Code será o terceiro método mais utilizado para pagar compras e contas na próxima década, atrás apenas do Pix e da carteira digital, segundo o estudo Carat Insights – Tendências de Pagamentos para 2023. Isso, como stand alone, sem considerar seu uso para a realização de transações com Pix. Mas, para seu avanço, ele também necessita de padronização no mercado brasileiro.
No começo de 2020, o Banco Central instituiu o BR Code, padrão único de QR Code EMV (Europay, MasterCard e Visa) para facilitar o processo de iniciação dos pagamentos pelos consumidores. A intenção era reduzir a quantidade de QR codes expostos nos estabelecimentos comerciais e de serviços, reduzir os custos de aceitação de pagamentos e trazer mais comodidade para o usuário final.
A pandemia acabou afetando sua implementação e, por isso, as marcas emissoras de cartão que compõem a mesa diretora da ABECS retomaram o desenvolvimento do projeto recentemente, conforme anúncio feito durante o Congresso dos Meios Eletrônicos de Pagamento (CMEP) 2023. A promessa é que o BR Code saia nos próximos meses, possibilitando o armazenamento de múltiplos arranjos em um código único, seguindo os requisitos do SPB - Sistema de Pagamentos Brasileiro.
Os benefícios dessa padronização serão imensos, começando pelo atendimento à grande parcela da população que possui smartphones sem tecnologia NFC, que permite o pagamento por aproximação. Nesses casos, uma câmera, conexão à internet e o app do banco instalado no celular serão o suficiente para efetuar os pagamentos.
Assim como o QR Code, o BR Code é um meio de pagamento instantâneo, seguro, transparente, sem fricção, capaz de mitigar erros nas transações financeiras e de melhorar o acesso a informações dos pagadores e recebedores. O projeto prevê que o padrão seja usado em larga escala em carteiras digitais, e-commerce e boletos, por exemplo. A estimativa é que o BR Code seja responsável, sozinho, por um incremento de 80 bilhões de reais no volume total de pagamentos no país após ser adotado.
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